Participação final

Comentário 3

terça-feira, 27 de maio de 2014

(1_BIO_LIC_VA_CAMILA_RICKLI) ATUALMENTE VIVEMOS NA BUSCA INCESSANTE DE VENCER OS DESAFIOS QUE SÃO COLOCADOS REFERENTES A EDUCAÇÃO


Como estudantes de licenciatura é importante ressaltarmos que seremos professores e responsáveis pela educação dos futuros cidadãos. Portanto vale esclarecer que atualmente vivemos na busca incessante de vencer os desafios que são colocados referentes à educação. Indisciplina, dispersão, inconveniência, confusões, dificuldades de todo tipo perturbam a realização das propostas que o docente trás para a sala de aula. Porém cabe ao professor o dever de tornar a aula interessante estimulando a curiosidade dos alunos para que eles se sintam motivados a aprender e apreender o conteúdo, mesmo com tantos desafios a serem enfrentados.

Quando se trata de Anatomia Humana, este desafio se torna ainda maior, pois muitas vezes este conteúdo trata-se de temas muito abstrato, dificultando a compreensão e interesse dos alunos.
Portanto para nos esclarecer sobre a Anatomia Humana e a dificuldade de se aplicar esse conteúdo dentro da sala de aula, convidei a professora de Ciências e Biologia Adriane Dall’Acqua Oliveira para uma entrevista, com o intuito de nos ajudar a enfrentar essas dificuldades, nos alertando para possíveis erros e soluções.


Camila: Qual a importância de se aprender/ensinar Anatomia Humana no ensino fundamental?
Adriane: Primeiramente fazer com que os alunos conheçam seu próprio corpo, as partes que compõem e ainda, conhecer através dos nomes as especialidades médicas existentes.
Camila: Você considera esse conteúdo interessante na visão dos discentes?
Adriane: Sim, mas precisa ser contextualizado para que o discente possa relacionar o conteúdo aprendido com a sua prática social. E ainda, que esse conhecimento contribua para a sua emancipação social se não for assim se tornará mais um monte de nomes difíceis de decorar apenas para fazer as provas.
Camila: A Anatomia Humana é difícil de ser compreendida pelos alunos, uma vez que se trata na maioria das vezes de estruturas internas que não podem ser visualizadas. Quais estratégias podem ser utilizadas para que este conteúdo se torne menos abstrato e mais interessante dentro da sala de aula?
Adriane: Torsos, que existem na maioria das escolas e permitem você ir desmontando e depois montando novamente, vídeos e figuras.
Camila: Quais as maiores dificuldades você tem enfrentado ao ensinar esse conteúdo?
Adriane: A maior dificuldade é que muitos livros didáticos estão desatualizados em relação à nomenclatura, e ainda abordar a História e Filosofia da Ciência, nos conteúdos de acordo com as diretrizes, pois trazem os recortes históricos que desenvolveram os pensamentos biológicos. Tentando sanar essa lacuna, fizemos um curso de atualização para alguns professores da rede em 2008 e 2009, no laboratório de anatomia da UEPG com o professor Giovani Fávero que fez uma abordagem bem interessante associando a História e Filosofia da Ciência ao conteúdo de anatomia, o curso foi de 50 horas e os poucos professores presentes (15 em cada turma), pois o laboratório não comporta muitos alunos, gostaram muito e com certeza deveria ser feito novamente.
Camila: É possível que nós, acadêmicos de Licenciatura em Ciências Biológicas, enfrentemos as mesmas dificuldades que você enfrenta hoje, mesmo que tenham se passados anos. Quais conselhos você nos daria para uma melhor compreensão dos alunos referente a esse conteúdo?
Adriane: Sim, pois os livros didáticos são geralmente os mesmos, essa abordagem que traz a história e filosofia da ciência não foi ensinada a nenhum dos professores de Ciências da rede e não sei se hoje é ensinada dessa maneira hoje na licenciatura, porém faz parte tanto das Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências e Biologia, como também das Orientações Curriculares Nacionais.
Em relação a conselhos, acho que uma maneira interessante de conseguir chegar aos alunos é contextualizando e trazendo diferentes metodologias, principalmente práticas que permitam que o aluno se envolva no processo de ensino e reconheça esse conteúdo na sua prática social, como um conteúdo importante para a sua vida e não apenas nomes científicos para serem decorados para as provas.


Professora Adriane Dall’Acqua de Oliveira


Segue um vídeo como exemplo de diferentes materiais que podem ser utilizados em sala de aula, de forma contextualizada e que os alunos se sintam interessados.


Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=k6vYxnPZ8Ac> acesso em 21/05/2014

2 comentários:

  1. Concordo plenamente com a professora. Um dos maiores problemas enfrentados pelos professores de Ciências e Biologia é que a matéria é sempre vista como "um monte nomes para serem decorados" então a proposta de trazer novas metologias e práticas procurando contextualizar para compreensão do aluno deve-se ser um conselho seguido, para que o discente não apenas decore o conteúdo para ir bem na prova, mas que ele compreenda o mesmo para que contribua com sua formação.

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  2. Isso mesmo Erick é isso que procuramos fazer com este projeto ao qual vocês participam :)

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